quarta-feira, 10 de novembro de 2010

#casamento

Ultimamente esse assunto tem sido recorrente na minha vida. [será por qual razão?]
O fato é que enfim eu me resolvi.

Quando nós ainda somos pequenos e sonhamos em ser professores primários, nada disso é pauta na nossa vidinha e se alguém aparece dizendo que casamento é o fim da vida de todas meninas, há sempre uma que defenda a vida eternamente solteira e jura de pé junto que vai ficar pra semente.
Eu era assim.
Não sei se por medo de depender de alguém ou por ter que cumprir o ritual "acordar cedo, fazer café, arrumar os filhos, levá-los para a escola e ir trabalhar, linda leve e feliz, ainda sabendo que nesse mesmo dia à noite terei que ser esposa sorridente e companheira", mas só de falar em homem o meu estômago embrulhava, eles, na minha inocência, serviam para me levar para passear, segurar a minha mão lá no fundo do mar para que a corrente não me levasse, fazer carinho na mãe, tia, vó... e me dar presentes legais no natal, ovos gostosos na páscoa e os da escola me serviam para brincar de pega pega... quando eu os pegava eu tinha o direito de bater neles. Era assim na minha casa, dois homens me ensinaram a jogar video game, falar besteira, fazer guerra de qqr coisa que fosse, jogar truco, arrotar, soltar pipa, cuspir longas distâncias e outros tralalás de homens.
Mas casamento??? Um dia a idade chega e nós... nós inevitavelmente envelhecemos.
Hoje eu não quero ser professora primária, não tenho paciência com quase nada, adoro o silêncio e não sei nada sobre a possibilidade de casar. Sei que é bom estar do lado de quem a gente gosta e que quando esse alguém falta, comer é bom, mas não ajuda e te põe gorda. Sei que se alguma coisa acontece com quem a gente gosta, mesmo que seja em sonho, a morte é lenta até o despertar e mesmo depois de acordar, o coração continua lá, tenso e apertado e nada faz passar, até ouvir um oi manso. Sei que metade do que nós sentimos é a tal projeção que pode ou não passar um dia e que inevitavelmente, esse sentimento irá mudar de cor.

Mas mesmo assim, eu resolvi.
Eu não ligo e sei que um dia, um dia desses qualquer eu vou estar num cartório assinando um papel e saindo com outro pedaço de, que darei o nome de certidão. Nesse dia eu serei a pessoa mais radiante do momento, mesmo que eu me arrependa depois... [Ou não].
é isso, a vida segue e... e a gente se fode, resta escolher se será junto ou sozinho!

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