quarta-feira, 12 de novembro de 2008

empoeirado.

a dor do querer vem da dor do ser.
a parte de mim que você não conheceu foi a que a sobra escondeu.
os rascunhos estavam todo o tempo disponíveis,
mas a vontade de ter cegou a única verdade que conheciamos.
onde esteve você que durante anos se escondeu por de trás de paredes vazias?
onde esteve a sede pelo desconhecido que seus riscos tortos de infância me mostraram?
qual é a parte do seu show que eu adaptei?

é quando chega em casa que as chaves fazem falta,
o chão não está lá e o vento sopra frio.

nas arestas de toda a história há podridão,
a sua esteve inclusa durante a parte do inverno,
eu não conheço o que reconhecí naquela outra noite.

sua enublada vontade de ser algo que não passa de um espelho heróico te trai,
e não adianta olhar para o espaço,
é tudo um lugar vago...
isso tudo te atrai.

qual serão os sonhos que você tem que não sabe explicar,
o que faz suas mãos tremerem e o ar acabar mesmo estando cheio de tudo?

o ontem não constrói estradas.
o que seus tons quiseram ser tendo-se colorido,
foram amargas cadeias de cidades soerguidas em núvens.
largos traços cinzas de verdades secas e sombrias,
convenientes como que o que se quer ser enquanto dorme.
algumas das verdades do mundo são criadas em um mundo imaginário de incertezas e paixão.

as entradas vem e vão de dentro da primeira manhã que vejo,
elas passeiam por letras desconhecidas,
amor desfarçado de horror.
para você é sempre e o sempre é aqui,
adiantam marcas que somes depois do mar?

para onde vão as estradas que te levam para além da estrada,
elas te fazem ir longe,
seu coração segue as estações,
para onde é esta viagem?

*** outro ***

meu amigo, seus seguedos são os meus,
seus olhares os meus meios,
eu procuro por algum lugar
e você conhece esse lugar.

suas luzes estão onde escondi minhas certezas,
não seja covarde.
fiz o meu colar de estrelas e entreguei a você.

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