segunda-feira, 27 de julho de 2009

"ana"


"Aquela convicção do não é a incerteza do talvez. É a desilusão de um quase, é o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata. Trazendo tudo o que poderia ter sido e não foi, ou seja, quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase amou, não amou. Eu me pergunto às vezes o que nos leva a escolher uma vidinha morna, sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz. E se fosse bom mesmo viver no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O quase não me ilumina, não transpira, não aflige a minha calma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si. Duvidar da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Não deixe que a saudade sufoque que a rotina te acomode e que o medo te impeça de tentar. Desconfie do destino, acredite em você, gaste mais horas realizando do que sonhando, fazendo do que planejando, vivendo do que esperando, por que embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vivo, já morreu."


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