Meu palco
Porém, um dos meus "problemas" é que eu nunca vi essa parte exatamente como um defeito. Eu sempre tive em mente que havia um pouco de necessidade nisso. Ou mesmo que esses impulsos em meu comportamento eram provenientes de uma qualidade, a auto-estima. MINHA autoestima, meu amor próprio.
E digo ainda que foi graças ao fato de eu me gostar é que hoje estou bem. Sim, gosto de mim e gosto do meu jeito. E qual o problema? Não disse que eu sou perfeita. Se gostar não é se considerar imune de ter defeitos. É se conhecer. Saber seus pontos fracos e tentar conserta-los na medida do possível, sem se torturar ou se martirizar. Sem se deixar levar pelas opiniões dos outros ou se preocupar com que os outros irão pensar. Até porque, dessa forma, caso eu conseguisse agradar a todos, EU ficaria infeliz. E pessoas infelizes afastam pessoas de bem de perti de si mesmo.
Eu sei que sou, muitas vezes franca demais, grossa, impaciente, arrogante, independente além da conta... Mas também tenho qualidades. Temos que conseguir dosa-los, isso sim. Eu tenho defeitos e sei bem de todos eles. Mas e daí? Você aí, por acaso, conhece alguém perfeito. Aposto que, se conhece, é alguém insuportavelmente chato, porque os defeitos são necessários. Doa a quem doer.
Foi pela minha personalidade que conquistei amigos verdadeiros, adquiri cultura, me diverti muito pela vida, consegui empregos... Enfim, os aplausos, duetos e apresentações coletivas serão sempre bem recebidos. Mas se for só pra encher o saco, pegue seu ingresso de volta e "vaza".